segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

História do DEM


O PFL nasceu após a derrota da emenda constitucional que previa a volta das eleições diretas. Na época, Paulo Maluf havia sido escolhido candidato pelo Partido Democrático Social (PDS), o partido que dava sustentação ao regime militar. governo mil. Descontentes com a indicação e simpatizantes do movimento das diretas já, integrantes do PDS criaram a Frente Liberal. Eles eram dissidentes do regime. No grupo estavam os seguintes líderes: Aureliano Chaves (então vice-presidente da República), o senador Marco Maciel, o atual presidente do PFL, Jorge Bornhausen, o então senador Guilherme Palmeira (AL), o então senador José Sarney e o então deputado Saulo Queiroz (MS), entre outros deputados que haviam votado em favor das diretas.

Reunidos no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente Aureliano Chaves, líderes do PMDB e da Frente Liberal formaram a Aliança Democrática. O documento "Compromisso com a Nação", de 7 de agosto de 1984, selou o compromisso de pacto entre o PMDB e a Frente Liberal. A partir do acordo, foi formalizada a chapa de Tancredo para presidente e Sarney para vice. Indicado pela Frente Liberal e ex-presidente do PDS, José Sarney, filiou-se ao PMDB. Com a morte de Tancredo, meses depois, Sarney assumiu a Presidência da República.

Em 1985, 25 prefeitos filiaram-se ao PFL. Em 1986, o Partido elegeu sete senadores e 118 deputados federais (o maior número de sua história). Elegeu ainda 231 estaduais (também o maior número de sua história e um governador. Em 1988, elegeu 1.058 prefeitos o maior número de sua história.

Em 1998, elegeu 105 deputados federais e cinco senadores, ficando com uma bancada de 16 senadores. Elegeu ainda seis governadores, o maior número da sua história. Em 2000 elegeu 1.028 prefeitos e 9.648 vereadores. Em 1996, O PFL elegeu 10.152 vereadores e 934 prefeitos.

Hoje, o Partido tem 17 senadores, 64 deputados federais, o governador do DF, 119 deputados estaduais eleitos e 789 prefeitos.

Foi com a força do voto que o PFL passou a exercer notável influência na República, principalmente nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, quando o senador Marco Maciel foi eleito vice-presidente. Em 2002, com a eleição de Lula, o PFL assumiu o exercício da Oposição.

Resumindo: O PFL NASCEU DA REBELDIA E DO DESTEMOR

Iniciada em 2005, a fase final da refundação do PFL acontece agora, com a troca de nome para Democratas e a renovação do comando que passará a ser exercido pelo deputado Rodrigo Maia (RJ).

Hoje, em 2007, o PFL vai dar lugar ao Democratas, o Partido de um novo Brasil. E o que se pode dizer é que em 22 anos de atuação partidária, o PFL teve comportamento inatacável em defesa da democracia e das liberdades públicas, da ordem constitucional, da luta contra a desigualdade social, dos direitos humanos, da melhor distribuição de Justiça e da redução dos impostos para permitir a volta do desenvolvimento.

O PFL sempre se destacou na defesa da democracia. Com sua transformacão em Democratas, o que está se retomando é mesmo espírito criativo e firme da ação política de 1984. Agora, uma nova geração de políticos assumirá a responsabilidade de oferecer propostas concretas de desenvolvimento ao país.

– Assim como a Nova República retirou o País do regime militar, nós, democratas, vamos impedir que o Brasil seja levado pelo populismo – afirma Jorge Bornhausen ao transferir o comando partidário.“Estamos renovando nossa estrutura com a escolha de Rodrigo Maia para a presidência. Essa nova geração vai conduzir nossa proposta de fazer do Brasil um País desenvolvido, livre da pobreza, da injustiça e da violência”, completa.

O PFL sempre agiu de forma coerente na defesa da democracia. Nasceu com a Nova República e nunca desonrou seus objetivos: a consolidação de um regime de liberdade, justiça e desenvolvimento. O PFL jamais traiu esse trinômio.

Agora, transforma-se em Democratas na fase final do seu processo de refundação para melhor desenvolver, atualizar e modernizar seu compromisso democrático. Os democratas vão levar adiante o legado oposicionista do PFL, partido que nasceu em 1984 para transformar a candidatura de Tancredo Neves à Presidência da República no grande pacto democrático da Nova República.

A Frente Liberal que, em 1985, depois da eleição de Tancredo Neves, se transformou no PFL foi a coluna fundamental da arquitetura política de 1984. Essa arquitetura permitiu que o Brasil desse o grande salto civilizado, sem sangue ou violência, sem rupturas temerárias que foi a fundação da Nova República.

A Frente Liberal foi recebendo adesões enquanto a candidatura Tancredo Neves se consolidava, mas nasceu e se desenvolveu a partir de um pequeno núcleo. No primeiro encontro com Ulysses Guimarães, Presidente do PMDB, estavam Jorge Bornhausen, Guilherme Palmeira, Marco Maciel, José Sarney e Saulo Queiróz.

Aureliano Chaves, então Vice-Presidente da República, era o grande ícone do desafio à incompetência política do general Figueiredo para conduzir sua sucessão e revelaria coragem ao desafiar o temperamental Presidente no palanque do desfile do Sete de Setembro. O gesto de Aureliano dava visibilidade à grande ruptura com o Governo e, "por via de conseqüência", como ele dizia, com o regime militar. Em janeiro de 1985, depois de seis meses de atuação aberta a Frente Liberal já era identificada como embrião de um novo partido e detinha voz e voto nas decisões da grande aliança de Oposição que se formou em tomo de Tancredo.

O resultado dessa ação política é conhecido de todos. A democracia avançou no Brasil graças ao trabalho dos líderes políticos da aliança democrática em defesa do consenso em torno de dois esteios da modernidade: a democracia política e a economia de mercado.

Dois grupos ficaram na resistência ao consenso em torno da democracia e da modernidade: os malufistas (já que Maluf era o candidato a Presidência da República contra Tancredo Neves) e os líderes do PT, à frente Luiz Inácio Lula da Silva, numa jogada do maior cinismo, para se mostrar "diferente". O PT chegou ao cúmulo de expulsar deputados federais que ousaram discordar do absenteísmo imperdoável. Esses dois grupos – o de Maluf e o do PT–, não por acaso, passados 22 anos, voltaram a se unir nas eleições de 2004 e de 2006.

PFL: EQUILÍBRIO E MODERAÇÃO

A solução negociada da Nova República, conduzida de forma impecável pelos líderes da Frente Liberal e por Tancredo Neves, foi uma admirável demonstração da arte da política.

Para viabilizar legalmente sua candidatura a Vice-Presidente da República, por indicação expressa da Frente Liberal, o senador José Sarney inscreveu-se no PMDB. Ele era o único do grupo do PFL que preenchia as exigências legais do momento. Havia uma brecha na legislação que permitia aos senadores eleitos pelos extintos Arena e MDB mudar de partido sem cumprir interstícios.

Evitando o sangue, a violência, a intransigência brutal, conquistou-se a plena liberdade em que vivemos pelo paciente e difícil caminho da persuasão e do argumento moral.

Nossos atestados de origem, a avaliação do peso da nossa contribuição e, principalmente, a identificação dos criadores do partido constam de documentos históricos e dos testemunhos que nos deixaram Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Afonso Arinos, Aureliano Chaves e outros protagonistas insuspeitos daqueles dias decisivos.

Democratas - Comissão Executiva Nacional - Assessoria de Imprensa

O Partido da Frente Liberal foi fundado em 24 de janeiro de 1985, logo após a eleição indireta do então governador mineiro, Tancredo Neves, do PMDB, à Presidência da República. Tancredo morreu antes mesmo de tomar posse, e o vice, José Sarney, governou o Brasil por 5 anos com o apoio do PFL. O registro do PFL no TSE foi feito em 11 de setembro de 1986.

2 comentários:

EDUARDO GURU BRUNO disse...

____ Achei genial a descrição feita
pelos editores do blogolb,bem
mosra a capacidade dos nossos amios
que ainda sobrevivem as reviravolta
e imprevistos da democracia...

portelinha 2012 disse...

e isso ai vamos mostra porque viemos e pra ganhar amarildo portelinha